Há um tempo êxito em
escrever, talvez medo de escrever algo que não seja plausível de ser dito ou
lido. “A música, que permite aos
homens comunicarem seus sentimentos mais íntimos uns aos outros" (Daisaku
Ikeda)
Como não é novidade para ninguém, pessoas que trabalham no ramo
musical são as mais sensíveis, pois tentam expor seus diversos sentimentos numa
folha de papel para que assim sejam cantadas e sentidas por pessoas que não conhecem
na maioria das vezes, expondo assim o que passou ou está passando no momento
que se encontra.
A emoção nos move para um lugar
onde nem sempre conseguimos explicar, nos apegamos por diversas vezes para
fugir de problemas e situações do dia a dia. A emoção de ser compreendida por
alguém que talvez nem sabe de sua existência e mesmo assim consegue descrever
em palavras o que passamos, o que passaremos ou estamos vivendo é simplesmente
apaixonante.
Em um texto anterior descrevi
como tudo aconteceu, como conhecia e como estava meu coração por alguém que
tanto me faz bem. Pois bem, algo mudou aqui dentro, estranho dizer isso.
Antes de “Conhece-la” pessoalmente eu tinha uma visão tão
simples e pura que dizia não me considerar fã, pois eu não conseguia me
imaginar fazendo algumas coisas que leio em notícias e vejo em vídeos. Após o
encontro algo mudou dentro de mim, sim me sentia fã. Me vi no meio daquela
multidão no Espaços das Américas, quando ela entrou no palco fiquei sem reação,
só consegui pronunciar: “MEU DEUS! ” Achei curiosa essa reação e comecei a
pesquisar sobre e cheguei à conclusão novamente que somos levados pela emoção.
A emoção move o seu corpo de uma forma não explicável porque a adrenalina sobe
e é nesse momento que a mágica acontece.
Na última sexta-feira (15) aconteceu um episódio que me
fez refletir sobre tudo que eu venho ouvindo de outros fãs, amigos em comum e
outros artistas. Através de entrevistas assistidas milhares de vezes, pesquisas
realizadas, noites não dormidas achei conhecer ela mais do que a mim e mais uma
vez fui surpreendida (risos). - Isso é uma atitude natural de Ana Carolina,
quem acompanha ela sabe!
Conheci um lado que sabia que existia, mas nunca havia
visto tão presente. A benevolência daquela mulher é admirável e digna de
respeito mais e mais. Mesmo com ferimentos ela não pensou em nenhum momento
nela. O joelho, a coluna e os dedos provavelmente doendo e mesmo assim mostrou
o respeito que tem por aqueles estavam ali apenas para lhe ver. O lado
humanista que diversas pessoas criticam fez calar a crítica e o egoísmo de
diversos lados. Não cancelou shows seguintes mesmo ciente do seu estado no
momento.
Ser músico completo como ela não é fácil. Ela tem uma
legião de fãs espalhado pelo mundo literalmente e não é de se estranhar. Músicos
são sensíveis por terem o dom de expressar em palavras, são os que mais sentem,
são os que tem mais cobranças em cima e são os mais aplicados em inovar. A Ana
sempre está ali mostrando o melhor dela sempre.
Sobre ser fã, olha repenso todos os dias na minha classificação/postura
e na classificação do que é ser fã. Ser fã será que é amar e respeitar como se
fosse único, ser fã será que é saber tudo do seu ídolo, lembrando sempre que
ele tem a sua vida privada, tem seus problemas, cobranças para agradar seu público
através do que sabe faz de melhor, tentando inovar para ser notado para não
cair no esquecimento, declaração de afeto no geral, querer estar perto quando possível
ou seria perseguir essas pessoas em todos os lugares, subir no seu lugar de
atuação desrespeitando regras para estar com ele, machucar os próprios pelo “vandalismo”
e etc. ?
Um ponto a se pensar, o que é ser fã? Qual a forma mais
sadia de atuar como um? Até que ponto temos a liberdade de estar na vida de
outra pessoa? Qual é o momento que temos que repensar? Qual é o recado que você
quer passar para aquele que você tanto admira? Até onde é válido o fanatismo? E
por último, será que o artista está dando o valor necessário? Logo depois que
responder essas perguntas para si, volte e agradeça aquele que realmente vale a
pena.
Até a próxima...
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